2,456 research outputs found

    Prevalência e características de mulheres com aborto entre mulheres com histórico de gestação

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    OBJECTIVE: To evaluate the prevalence and characteristics of women with history of induced abortion among those who became pregnant, living in Vila Mariana, São Paulo, in 2006. METHODS: This was a cross-sectional study involving 555 women, aged 15-49 with history of pregnancy. The women were classified as being without abortion (68.5%), with spontaneous abortion (22.7%) or induced abortion (8.8%). Age, education, number of live births, difference of number of children from the desired, and acceptance of abortion comprised the initial multinomial logistic regression model to describe the profile of women. RESULTS: The odds ratio of having carried on without abortion induced abortion was 28.3 times (pOBJETIVO: Avaliar prevalência e características de mulheres residentes em Vila Mariana, São Paulo, com história de aborto entre as que engravidaram. MÉTODO: Estudo transversal com amostra aleatória de 555 mulheres entre 15-49 anos que engravidaram de total de 1.121 entrevistadas, classificadas em sem aborto (68,5%), aborto espontâneo (22,7%) ou aborto induzido (8,8%). Idade, defasagem, escolaridade, nascidos vivos, e aceitação da prática do aborto compuseram modelo de regressão logística multinomial para descrever perfil das mulheres. RESULTADOS: A razão de chances de ter realizado aborto induzido sobre sem aborto foi 28,3 vezes maior (p < 0,001) para as que não tiveram filhos; 6,4 vezes maior (p < 0,001) entre as que aceitam o aborto; e 4,9 vezes maior (p = 0,002) nas com menos de quatro anos de estudo; aumentando 8% cada incremento de um ano na idade (p < 0,001). A razão de chances de ter aborto espontâneo sobre sem aborto foi 15,0 vezes maior (p < 0,001) para as que não tiveram filhos; não significante nas que aceitam o aborto induzido; e 3,6 vezes maior (p = 0,055) nas com menos de 4 anos de estudo; aumentando 5% a cada ano de incremento (p < 0,001). CONCLUSÕES: O fator preponderante para ocorrência de aborto foi não ter filhos nascidos vivos, indicando tendência dos abortos ocorrerem no início da vida reprodutiva. Menor escolaridade e aceitação da prática foram outras variáveis associadas ao aborto induzido. Observou-se indício de omissão da declaração do aborto induzido nas respostas das entrevistadas

    Perfil epidemiológico das internações por aborto no Brasil: análise do período 2000 a 2010.

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    Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Medicina. Departamento de Saúde Pública

    Induced abortion : the experience of men and women from Brazil

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    Orientador: Renato Passini JúniorDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Introdução: A interrupção voluntária da gravidez, proibida no Brasil, pode levar a situações de abortamento inseguro, que é reconhecidamente um grave problema de saúde pública. É necessário conhecer as circunstâncias envolvidas nesta situação para que seja possível compreender melhor o contexto em que as mulheres recorrem a um abortamento, bem como identificar subgrupos com necessidades especiais de atendimento pelos serviços de saúde. Objetivo: Avaliar alguns fatores sociodemográficos e epidemiológicos associados à interrupção voluntária da gestação. Sujeitos e métodos: Estudo descritivo analítico de corte transversal envolvendo o envio de um questionário estruturado e pré-testado a 15.800 funcionários de uma entidade pública do Estado de São Paulo. Os questionários preenchidos pelos participantes foram enviados de volta em envelope resposta pré-selado. Foram preenchidos 1660 questionários (11% de taxa de resposta), nos quais houve 296 gestações indesejadas e, destas, 165 terminaram em aborto induzido voluntário. Foram realizadas análises bivariada e multivariada por regressão de Poisson para estudar a associação entre a ocorrência de um aborto quando diante de uma gravidez indesejada com algumas características sociodemográficas selecionadas. Resultados: Um quinto dos participantes relatou vivenciar uma gravidez indesejada anterior, e 55,7% deles recorreram ao abortamento naquela ocasião. As maiores proporções de decisão e realização do abortamento foram encontradas entre os participantes do sexo masculino (62,1%), que tinham de 18 a 24 anos por ocasião da gravidez de sua parceira (62,3%), sem filhos (58,9%), não unidos (61,7%) e entre os respondentes com escolaridade superior (70,3%). A maioria das interrupções foi realizada por um médico e pouco mais de 10% dos participantes relataram ter feito uso do misoprostol. A maioria dos abortos (45%) realizou-se entre 1980 e 1989. Dentre os respondentes que referiram aborto realizado por médico, mais da metade (54%) ocorreram na mesma década (entre 1980 e 1989). Dentre aqueles que fizeram uso de misoprostol, 58% o fizeram entre 1990 e 1999. Os participantes relataram que 22,9% das mulheres que abortaram necessitaram de atendimento médico após o aborto e 16,6% foram internadas após recorrerem ao aborto. Conclusão: Na amostra estudada foi possível verificar que um de cada dois dos respondentes por ocasião de uma gravidez indesejada optou pelo abortamento. Chama atenção que as pessoas tiveram acesso a condições menos inseguras para interromper uma gestação indesejada, ainda que num contexto de ilegalidade dessa práticaAbstract: Introduction: Unsafe abortion is a serious public health problem in Brazil and other countries where it is considered a crime. It's necessary to understand the context of these abortions to approach the issue . Objective: To evaluate some sociodemographic and epidemiological factors associated with induced abortion. Method: Cross-sectional study. A self-responded questionnaire was sent to 15.800 employees of a public organization. 1660 questionnaires were completed. There were 296 unintended pregnancies and 165 induced abortions. Bivariate and multivariate Poisson regression analyses were performed to explore the association between the occurrence of abortion when faced an unintended pregnancy with some sociodemographic characteristics. Findings: One fifth of respondents reported an unintended pregnancy and 55.7% of those respondents resorted to abortion. The highest rates of abortion were found among male participants (62.1%) who were between 18 and 24-years-old at the time of pregnancy (62.3%), childless (58.9%), not united (61.7%) and with a college education (70.3%). Most of the respondent's abortions were performed by a doctor, and 17.8% of participants reported misoprostol use. Medical attention was necessary for 22.9% of these women after abortion and 16.6% were hospitalized. Most abortions (45%) took place between 1980 and 1989, and 54% of respondents who had abortions in this decade resorted to a doctor. Those who used misoprostol, 58% did between 1990 and 1999. Conclusion: In this sample we observed that half of respondents opted for abortion during an unintended pregnancy. It is noteworthy that people had access to fewer unsafe conditions for stopping an unintended pregnancy, even in the context of illegal practiceMestradoSaúde Materna e PerinatalMestra em Ciências da Saúd

    Abortion in Brazil : a household survey using the ballot box technique

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    O artigo apresenta os primeiros resultados da Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), um levantamento por amostragem aleatória de domicílios, realizado em 2010, cuja cobertura abrangeu as mulheres com idades entre 18 e 39 anos em todo o Brasil urbano. A PNA combinou duas técnicas de sondagem: a técnica de urna e questionários preenchidos por entrevistadoras. Seus resultados indicam que, ao final da vida reprodutiva, mais de uma em cada cinco mulheres já fez aborto, ocorrendo os abortos em geral nas idades que compõem o centro do período reprodutivo das mulheres, isto é, entre 18 e 29 anos. Não se observou diferenciação relevante na prática em função de crença religiosa, mas o aborto se mostrou mais comum entre mulheres de menor escolaridade. O uso de medicamentos para a indução do último aborto ocorreu em metade dos casos e a internação pós-aborto foi observada em cerca de metade dos abortos. Tais resultados levam a concluir que o aborto deve ser prioridade na agenda de saúde pública nacional. _______________________________________________________________________________ ABSTRACTThis study presents the first results of the National Abortion Survey (PNA, Pesquisa Nacional de Aborto), a household random sample survey fielded in 2010 covering urban women in Brazil aged 18 to 39 years. The PNA combined two techniques, interviewer-administered questionnaires and self-administered ballot box questionnaires. The results of PNA show that at the end of their reproductive health one in five women has performed an abortion, with abortions being more frequent in the main reproductive ages, that is, from 18 to 29 years old. No relevant differentiation was observed in the practice of abortion among religious groups, but abortion was found to be more common among people with lower education. The use of medical drugs to induce abortion occurred in half of the abortions, and post-abortion hospitalization was observed among approximately half of the women who aborted. Such results lead to conclude that abortion is a priority in the Brazilian public health agenda

    Aborto e (não) desejo de maternidade(s) : questões para a psicologia

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    A interrupção voluntária da gravidez ou abortamento induzido é um problema de saúde pública no Brasil. Mais do que suscitar opiniões pessoais, necessitamos debatê- lo à luz dos estudos que descrevem e/ou registram a prevalência do abortamento na população utilizando métodos de pesquisa reconhecidos para lidar com a especificidade do fenômeno. Dessa forma, destacamos o estudo apresentado na Pesquisa Nacional de Aborto, o qual aponta que uma dentre cada cinco brasileiras já fez pelo menos um aborto na vida. No entanto é importante destacar que, das mulheres que abortam, são as pobres (e negras) as mais atingidas pela desigualdade de acesso a formas seguras de interrupção de gravidez. Quanto aos abortamentos que são previstos em lei nos casos de gravidez decorrente de estupro, grave risco de vida à mulher/mãe e, mais recentemente, casos de anencefalia, o Estado brasileiro disponibiliza o acesso pelo Sistema de Único de Saúde (SUS). Contudo, mesmo nesses casos os estudos apontam que a mulher depara-se com grandes barreiras de acesso, além do estigma e de vários fatores que acabam por dificultar a obtenção do direito. A interrupção da gravidez toca em pelo menos dois pontos tabus em nossa cultura: de um lado, a discussão sobre quando se deve reconhecer aquela potência de vida dentro da mulher como sujeito e, por outro lado, a maternidade e os valores e ideais que a cercam, um tema importante a todos nós psicólogas e psicólogos. Tem a Psicologia refletido criticamente sobre o conceito de “maternidade”? Como tem sido pensada a mulher que não deseja ser mãe? A que não ama seus filhos? A que decide interromper uma gravidez? A presente coletânea, mais do que responder a estas questões, tem como intuito fomentar o debate e levar, às psicólogas e aos psicólogos, reflexões de profissionais que têm se debruçado sobre o tema. As organizadoras

    Aborto e (não) desejo de maternidade(s) : questões para a psicologia

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    A interrupção voluntária da gravidez ou abortamento induzido é um problema de saúde pública no Brasil. Mais do que suscitar opiniões pessoais, necessitamos debatê- lo à luz dos estudos que descrevem e/ou registram a prevalência do abortamento na população utilizando métodos de pesquisa reconhecidos para lidar com a especificidade do fenômeno. Dessa forma, destacamos o estudo apresentado na Pesquisa Nacional de Aborto, o qual aponta que uma dentre cada cinco brasileiras já fez pelo menos um aborto na vida. No entanto é importante destacar que, das mulheres que abortam, são as pobres (e negras) as mais atingidas pela desigualdade de acesso a formas seguras de interrupção de gravidez. Quanto aos abortamentos que são previstos em lei nos casos de gravidez decorrente de estupro, grave risco de vida à mulher/mãe e, mais recentemente, casos de anencefalia, o Estado brasileiro disponibiliza o acesso pelo Sistema de Único de Saúde (SUS). Contudo, mesmo nesses casos os estudos apontam que a mulher depara-se com grandes barreiras de acesso, além do estigma e de vários fatores que acabam por dificultar a obtenção do direito. A interrupção da gravidez toca em pelo menos dois pontos tabus em nossa cultura: de um lado, a discussão sobre quando se deve reconhecer aquela potência de vida dentro da mulher como sujeito e, por outro lado, a maternidade e os valores e ideais que a cercam, um tema importante a todos nós psicólogas e psicólogos. Tem a Psicologia refletido criticamente sobre o conceito de “maternidade”? Como tem sido pensada a mulher que não deseja ser mãe? A que não ama seus filhos? A que decide interromper uma gravidez? A presente coletânea, mais do que responder a estas questões, tem como intuito fomentar o debate e levar, às psicólogas e aos psicólogos, reflexões de profissionais que têm se debruçado sobre o tema. As organizadoras

    Assistência de enfermagem em situações de aborto induzido / provocado: uma revisão integrativa da literature

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    Objective: To identify the scientific literature on nursing care in cases of induced abortion /induced.Method: Integrative review aimed to answer the question "How is the nursing practice in situations of abortion?" The data were collected in August 2014, without time or language boundaries, which were in full in the databases LILACS, BDENf, MEDLINE and SciELO, the descriptors: "abortion," "abortion" and "nursing care". At the end of the process of data analysis 13 publications in condensed form figures were selected.Results: It was observed that the work of nurses is performed technicality, discriminatory, julgatória and bureaucratic way, contradicting the guidelines of the code of ethics of the profession.Conclusion: Discrimination and health hazards imposed on women by cultural, legal and religious grounds involving the issue of abortion, have contributed to the weakness of the assistanceObjetivo: Identificar en la literatura científica sobre los cuidados de enfermería en los casos de aborto inducido / provocado.Método: Revisión integral destinada a responder a la pregunta "¿Cómo es la práctica de enfermería en situaciones de aborto provocdo?" Los datos fueron recolectados en agosto de 2014, sin límites de tiempo o de idioma, que estiviesen en su totalidad en las bases de datos LILACS, BDENF, MEDLINE y SciELO, a partir de los descriptores: "aborto", "aborto provocado" y "cuidados de enfermería". Al final del proceso de análisis de datos se seleccionaron 13 publicaciones condensadas en forma de figuras.Resultados: Se observó que el trabajo de las enfermeras se realiza de manera tecnicista, discriminatoria, juzgadora y burocrática, lo que contradice las directrices del código de ética de la profesión. Conclusión: La discriminación y los peligros para la salud impuestos a las mujeres por razones culturales, legales y religiosas que involucran el tema del aborto, han contribuido a la precariedad de la asistencia.Objetivo: Identificar na literatura científica sobre a assistência de enfermagem em situações de aborto induzido/provocado. Método: Revisão integrativa, visando responder a questão “Como se dá a prática de enfermagem em situações de aborto provocado?” Os dados foram coletados em agosto de 2014, sem delimitação temporal ou de idioma, que estivessem na íntegra, nas bases de dados LILACS, BDENF, MEDLINE e SCIELO, a partir dos descritores: “aborto”, “aborto provocado” e “cuidados de enfermagem”. Ao final do processo da análise dos dados foram selecionadas 13 publicações condensadas na forma de figuras. Resultados: Percebeu-se que a atuação do enfermeiro é realizada de forma tecnicista, discriminatória, julgatória e burocrática, contradizendo as diretrizes do código de ética da profissão. Conclusão: A discriminação e os agravos à saúde impostos às mulheres, por razões culturais, legais e religiosas que envolvem a questão do aborto, têm contribuído para a precariedade da assistênci
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